sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bota-lhe couve galega!

Ia postar um texto sobre os meus 33 anos de vida mas como desde a minha última auto análise não mudou assim tanta coisa fica para a próxima.

Como alguns saberão, ando a estudar para ser escritor (o que será um crime se vier a suceder) e as últimas aulas foram sobre um tema que não me fascina particularmente, Poesia!

Apesar de tudo a poesia de agora já não é tão formal como antigamente acabando, muitas vezes, por se misturar géneros literários ao ponto de não se conseguir, com rigor, perceber em que género se incluem alguns textos ou obras.

Os versos que coloco a seguir são antigos e pertencem a uma pessoa que já faleceu, à qual presto hoje um pequeno mas merecido tributo. Inteligente, mordaz e surpreendente.... Teresa Moscas!

"Ò Vila Real alegre
província de Trás-os-Montes
no dia em que te não vejo
não boto feijões ao caldo.

Plantei no meu quintal
sargaços que dão feijões
quem morre sem ter amores
vai pró céu aos trambolhões.

Semeei no meu quintal
sementes de amor-perfeito
nasceram-me as patas de um burro
com uma candeia na mão."

LINDO....

3 comentários:

  1. Olá Paulinho!!
    Também podias aqui colocar os do teu avô Adriano!! Que muito jeito tinha para a coisa!! Lembro-me sempre daquela famosa declaração de Amor... Bons velhos tempos...
    Beijinhos
    Carla Carvalho

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  2. Olá João,

    Hum já estou a ver de onde vem o teu talento... pelos vistos do teu avê Adriano! E que tal se publicasses aqui alguns dos seus textos! Grandes poetas populares temos por este País fora.
    Obrigada por teres mais uma vez partilhado connosco.
    Beijinhos e continua sempre apaixonado!
    Matilde

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  3. Ola Carlinha
    De facto foram bons belos tempos, do melhor!!!
    Infelizmente não há muitos registos do espirito boémio do meu avô e da sua simplicidade. Bastava um cigarrito de vez em quando e uns bons copos (garrafões) de vinho tinto para estar feliz!
    Beijos e a ver se um dia desses combinamos um cafezito, antes que me ponha a andar do porto outra vez!

    Miga Matilde
    De facto há grandes poetas populares e muita sabedoria por esse país fora, infelizmente muita dessa sabedoria nem nos chega a ser dada a conhecer e perde-se no tempo. É presunção minha pensar que tenho jeito pra coisa e muito menos que ele advém do meu avô pois ele era único e, agora entendo, extremamente feliz na sua forma mais simples.
    Quanto ao continuar apaixonado isso é inevitável. Seja por alguem, por algo ou por um ideal! Cada vez mais acredito que é o meu estado de espirito natural.
    Tudo de Bom
    Beijos

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Devaneios!