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Ultimamente não tenho andado muito pela net com receio de apanhar qualquer coisa má. Foram tantas as novas noticias, que tive medo de ser atacado por um qualquer
vírus grave que me deixasse sequelas para a vida!
Desde a eleição do novo Papa à saída do Relvas do governo
foi uma esfoira incontrolável de acontecimentos que fizeram as delícias da
comunicação social, sempre tão necessitada de novidades ruidosas para iludir as
massas.
Mesmo agora não estou livre de levar com apontamentos sobre
o Sócrates na RTP, da saída do Relvas do governo e provável perda da licenciatura, com novas
do Papa, com cheias, com mais medidas da Troika e possibilidade de saída do Euro,
com isto e com aquilo. Fala-se de tudo mas fico sempre com a sensação de que ninguém
fala do que realmente importa, daquilo que pode mudar efectivamente alguma
coisa na vida das pessoas. Fico com a sensação de que nunca se fala da verdade!
E quando alguém tenta é abafado. Quando alguém se aproxima é reprimido. Não é que importe porque em boa verdade acho que as pessoas já não conseguem entender a verdade mesmo que lha expliquem numa linguagem que até um miúdo de 5 anos entenderia.
Acho que se fala demasiado. Especula-se demasiado. Opina-se
demasiado. Molda-se a opinião pública com tanta informação que, na sua maioria,
não é mais do que merda liquida atirada como barro à parede, com a agravante de
não sair facilmente. Mesmo que se esfregue muito fica sempre o cheiro.
Toda a gente tem uma opinião, nem que seja a opinião de outra
pessoa qualquer. Chegou-se ao ponto em que a inteligência, cultura, sabedoria
(o que lhe queiram chamar) de alguém é medida pelo conhecimento que tem da
actualidade, mesmo que esse conhecimento seja baseado em falsas verdades, em
opiniões alheias à sua interpretação ou na forma mais simples de ignorância, a
da pura burrice e da evidente estupidez cada vez mais natural nas pessoas.
Seria bom que de vez em quando alguém conseguisse quebrar o
marasmo e dissesse: “ACORDEM! NÃO ENTENDEM O QUE ESTÁ A ACONTECER? ENTÃO
CALEM-SE QUE EU EXPLICO!”
E dissesse a verdade, mesmo que ela seja assustadora, mesmo que poucos a queiram ou consigam ouvir, mesmo que poucos ou ninguém a entendesse…
E dissesse a verdade, mesmo que ela seja assustadora, mesmo que poucos a queiram ou consigam ouvir, mesmo que poucos ou ninguém a entendesse…
Não ter televisão tem mais vantagens que desvantagens. Aliás,
ainda me lembro do tempo em que tinha televisão em casa e depois de muito dar
voltas à cabeça não consigo enumerar uma única vantagem de a ter. Já as
desvantagens são muitas.
De uma forma muito genérica, há poucas coisas que nos fodam
tanto o cérebro nem sejam tão castradoras da percepção da realidade como ela. Faz
mirrar o cérebro até ficar pequenino, limitando a nossa capacidade de pensar e
interpretar. E atingiu um nível de aperfeiçoamento tão assustador que o faz sem
que a maior parte das pessoas se apercebam que estão a ser estupidificadas.
Sem televisão ganha-se espaço em casa (a minha ainda era das
antigas), tenho menos uma coisa a que limpar o pó, pago menos electricidade e,
mais importante, fiquei com mais tempo para fazer outras coisas. Ainda não tem impacto
directo no número de filhos tal como acontecia no tempo dos meus avós, mas há-de
lá chegar…
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Devaneios!