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Mudança
s. f.
s. f.
1. Acto
de mudar.
2. Troca.
3. Alteração,
modificação, transformação (física ou moral).
4. Variação.
Uma mudança, na essência da palavra, pressupõe obrigatoriamente
uma alteração.
Pode ser de vários tipos, de várias formas, pode ser total ou
parcial. Mudar implica alterar as coisas.
Poderá uma mudança acontecer e tudo ficar igual?
Parcialmente sim. E essa é provavelmente a mudança mais delicada de se fazer.
Porque precisamos que tudo se mantenha inalterável à excepção de um pormenor
particular que, a ser alterado, poderá evitar mudanças mais profundas. E que,
ao altera-lo, consigamos isolar tudo o que queremos salvaguardar, tudo o que
queremos manter… inalterável.
Deveria ser mais fácil quando identificamos claramente
aquilo que queremos mudar, mas muitas vezes não é. Muitas vezes mesmo
conhecendo todas as implicações que tal facto provoca, a nossa relutância em
mudar é extrema. Sabemos exactamente o que precisamos fazer, sabemos como e
sabemos qual o momento. Acho mesmo que a única coisa que não sabemos é se de facto
mudamos. Podemos sentir num momento que SIM, que mudamos, que a partir desse
momento essa mudança esta consumada. Mas como podemos ter a certeza?
Acho que nunca poderemos.
Mesmo conseguindo identificar
todas as variáveis que provocam um determinado comportamento e conseguindo
contraria-las, haverá sempre variáveis que não conseguimos controlar pelo
simples facto de não as conhecermos. Por isso nunca poderei dizer “MUDEI” e o
máximo que poderei afirmar com convicção é “QUERO MUDAR”. Sem ceder às minhas
convicções, sem me desviar daquilo que acredito, sem deixar de ser eu próprio.
Por muito que o ser humano assente as suas reacções em princípios
básicos alimentados por emoções primárias, existem milhões de combinações
possíveis para comportamentos aparentemente idênticos. O processo de resposta a
um determinado estímulo é sempre diferente, mesmo quando o estímulo e a
resposta são os mesmos para indivíduos distintos.
O comportamento humano é sem dúvida aliciante pela sua
enorme complexidade, pela sua imprevisibilidade. Apesar disso assistimos a cada
dia que passa, a uma massificação da forma de pensar, de agir e, cada vez mais,
a uma resposta global idêntica perante o mesmo estímulo, tornando o ser humano
cada vez menos individual mas, ao mesmo tempo, cada vez mais isolado.
Estranho
paradigma…
É impossível fazer um comentário digno a este texto/assunto sem ter de fazer uma tese! O assunto é complexo. Talvez até um dos mais complexos e intrigantes dentro de uma alma humana… da sua vontade, da forma como se expressa - por actos e palavras - e, sobretudo, a forma como mexe com os outros, MUDANDO-OS (para bem e/ou para mal)! Insondáveis mistérios. Bjs L.
ResponderEliminarNão nos faltam elementos para elaborar uma tese bem completa em relação ao tema. Infelizmente...
ResponderEliminarSei que seremos sempre um pouco mais se seguirmos sempre a nossa vontade e ela neste momento está praticamente morta, a definhar no meio do nada.
Chega de dias de chuva afinal o Inverno já vai longo...
Obrigado, sempre. Beijos