quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sleep




The enemy is after me again
Afraid of the sea and what’s down there
I need to sleep
It’s been a whole week

Cos tears keep falling into my pool
Bright lights driving right into me cold
I need to sleep
It’s been a whole week

Cos tears keep falling into my pool
Bright lights driving right into me cold

My bones keep breaking
Tearing me away from the quiet
The silence of my soul, of my soul from the quiet

Night time, gruelling, just time to waste
Heights they kill me, leave scarring on my face

Cos’ I never, ever, ever fall into sleep?
And I’ve never ever ever felt so weak
Cos’ tears keep falling into my pool
Bright lights driving right into me cold

My bones keep breaking
Tearing me away from the quiet
The silence of my soul, of my soul from the quiet

I wanna fall down (Repeat x 5)



Para todos os que não conseguem dormir. Para todos os que são assombrados e perseguidos por fantasmas do passado que teimam em não desaparecer. Para todas as almas perdidas que não se encontram. Para a inquietude, a impaciência, o desassossego e a saudade. Para tudo e para nada...

Porque a vida muitas vezes não nos deixa adormecer e precisamos de silêncio. Um silêncio que não é causado pelo barulho exterior mas pelo ruído constante que não pára dentro da nossa cabeça. Que nos atormenta ao ponto de nos impedir de virar para o lado, fechar os olhos e dormir. Sentimentos intransponíveis de incerteza, de mágoa, de angústia. Tão sombrios que nos impedem de pensar com clareza de tal forma que mergulhámos num estado de insalubridade incontornável, impedindo-nos de respirar normalmente e do qual parecemos não conseguir sair...

O nosso lado taciturno impera. As noites são longas e os dias sombrios. A expressão baça e o olhar distante são sintomas de um mal maior. As imagens sucedem-se na nossa cabeça como contas de um rosário nas mãos de uma devota. Contemos tudo dentro de nós mas o aperto sufocante no peito é cada vez maior e avança imparável até ao ponto em que será impossível de estancar...


Porque inevitavelmente todos sentem, num determinado momento, uma sensação de impotência perante o lado mais negro da nossa alma e precisámos dormir, seja para esquecer, por cansaço ou pela fé num dia melhor, deixo esta extraordinária música e a certeza que, no fim, tudo acabará Bem...


"The enemy it's after me again..."

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fuck You

Fuck You!
Who, me? No, YOU!!!

Quem nunca teve vontade num ou outro momento de mandar foder alguém, alguma coisa ou TUDO?...

Todos nós temos um pequeno ou grande diabo dentro de nós, um pequeno Hitler, um pedaço de alma sombria capaz de sobressair a cada momento de maior stress ou quando algo mexe num nervo mais sensível.
Creio que é por esse motivo que nos protegemos ou escondemos atrás de hábitos, rotinas, de um Mundo que não é o nosso apenas para fugir de problemas que não queremos ter como nossos!

Construímos a nossa vida a volta de conceitos tão redundantes como casa, trabalho, carro e “estabilidade” social! Sufocamos perante isso de tal forma que, enquanto não atingimos essa suposta estabilidade, não descansamos.
Atingir o patamar de segurança pressupõe um status social que, em maior ou menos grau, nos permita ser vistos como modelo comportamental dentro do meio onde estamos inseridos!
Nem que para isso tenhamos de nos manter em coma de sensações até que passe mais um dia e a nossa posição não saia beliscada nem seja propícia a qualquer tipo de consideração negativa por parte dos respeitáveis juízes da nossa praça!

Temos a maravilhosa capacidade de ser muito “quid pro quo” em relação a tudo e de fugir ao real significado das coisas. Mergulhamos numa espiral incomensurável de objectivos e numa parcimónia tal que o máximo a que podemos aspirar é chegar ao último dia e sermos iguais a todos os outros, pondo muitas vezes em causa algo tão valioso como a capacidade de sentir, de viver as pequenas coisas e, pior que isso, hipotecar a nossa identidade!

Sou tudo menos o estereótipo do Homem comum, nunca serei um modelo de comportamento nem exemplo nesta sociedade exangue e descaracterizada. Tentarei viver sempre à margem desses “valores”. Serei sempre considerado um vagabundo, uma perda social! Viverei ensimesmado no meu Mundo inteligível de sensações provocadas pelo meu pequeno universo de cores, sons, cheiros, luz e merdas que não interessam a mais ninguém senão a mim!

“Pray to God I can think of a Nice thing to Say, but I Don’t think I can, so Fuck you anyway”…

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vagabundo


Numa terra de vagabundos o Tempo tende a pregar-nos partidas e a confundir-nos.

Há pouco tempo atrás estávamos a sonhar, de repente estamos bem acordados para a realidade. É uma ressaca permanente. Esses foram os melhores tempos, “quem me dera” que alguém me tivesse dito!

Momentos passaram em claro, oportunidades foram perdidas, corações despedaçados. Tudo isto para ter consciência de algo tão simples e tão claro que se resume a uma frase “Para onde vamos?”

Todos os outros seguem sem mim enquanto me afogo num mar de conquistas insignificantes. Não faço ideia de como cheguei até aqui, tenho apenas memórias fugazes do que foi, muitas delas truques da minha mente, e uma ideia vaga de como devia ter sido.

Há coisas que preciso perceber, para meu bem. O tempo não pára, o fosso aumenta e a distância obriga a medidas urgentes. Não vou ter muitas mais oportunidades da vida.

Apesar disso aqui estou eu, sem saber para onde vou!

O que me resta? Abrir os olhos, olhar em volta e escolher o caminho que julgue ser o certo. Ou pelo menos aquele que me leve para longe do que não posso ser, que acabe com a ressaca permanente e me faça mergulhar de novo num sonho profundo para não mais acordar…

AT - You Are My Sister

Não sou uma pessoa dada a exteriorizar emoções nem a expo-las de forma óbvia mas este post é só para duas das mais importantes mulheres da minha vida: as minhas Manas!
Até agora fui fácil de aturar mas daqui para a frente será infinitamente pior! Obrigado pela paciência :)

The Atrocities


Antes de mais BOA SEMANA!!!

Depois de uma semana de ausência motivada por muitos e bons copos de vinho tinto estou de volta mais ressacado que nunca! Pelo meio eu próprio fiquei surpreendido com os posts com "bolinha" que fui deixando aqui! A meu favor tenho o facto de não me lembrar de nada daquilo, deve ter sido escrito algures entre garrafas de vinho tinto, vinho do Porto ou, mais recentemente, aguardente com mel (com os cumprimentos da Tasca da Aldeia da Pena)!!

Ora, como este blog tem tido visitas recorrentes de nobres membros da minha família que sempre me viram como um puritano convicto e defensor de bons costumes foi naturalmente com surpresa e evidente choque que as últimas postagens foram recebidas.

Para minorar os danos causados venho hoje falar de Religião! Dessa enorme instituição que é a Igreja e que, a seguir às farmácias, mais dinheiro "saca" à nossa terceira idade!

Como todos sabem o Papa Bento XVI (Ratzinger soa a nome de veneno para ratos) vem a Portugal. Sei o que qualquer leigo sabe a esse respeito porque, além de não fazer qualquer intenção de ir vê-lo, não vejo muita televisão nem acompanho as notícias, principalmente as que não me interessam! Ora, mesmo desligado dessa realidade é impossível não saber disso! Há coisas que mesmo não querendo acabam por chegar até nós e ficar agarradas ao ouvido como música pimba!
Seja por conversas no café, por folhetos nos jornais, anúncios na net ou, mais recentemente, com a distribuição de um livro sobre os Papas completamente gratuito com o jornal de maior tiragem em Portugal!! Benditos fiéis... A fé pode não mover montanhas mas move muito dinheiro!!

Respeito a fé e as crenças de cada um mas não se pode simplesmente esquecer que a "santa" Igreja é responsável por muitas das maiores atrocidades de que "reza" a história! O mundo católico é muito célere a condenar o fundamentalismo Islâmico quando eles são uns "anjinhos" no que respeita a actos condenáveis contra a Humanidade. Desde a "caça às bruxas" nos tempos da Inquisição em que pessoas eram queimadas vivas com uma sentença tão banal como "crise de fé" (de louvar a celeridade da (in) justiça) até aos mais recentes casos de abusos de menores que, em maior ou menor grau atingiu o Mundo, muitos foram as atrocidades cometidas pelos respeitáveis senhores de batina!

E mesmo agora, depois de provas irrefutáveis, documentadas e até confissões em nome próprio vêm ilustres figuras da igreja afirmar que tudo não passa de calúnia e tentativas desesperadas de desacreditar a igreja (não é preciso, vocês estão a fazer um excelente trabalho)!!
Não basta um concílio de Trento ou um pedido de desculpas público do Papa para que tudo volte ao normal. É preciso punições severas e extremas! E temo que qualquer punição seja pequena para algo tão horrendo como é a pedofilia! E aqui não envolvo apenas a igreja, envolvo todo e qualquer cobarde capaz de "roubar" a inocência de uma criança e capaz de destruir uma vida!

Mas, por tudo o que a igreja "representa" (ou pelo menos assim querem fazer crer), estes crimes ganham uma proporção ainda mais hedionda! Infelizmente a culpa não está apenas na Igreja, está também nos (fundamentalistas) dos pais que cegamente confiam na instituição igreja para educar os seus filhos! Para os formar! Para lhes incutir os valorosos ensinamentos da doutrina cristã!
Eu cresci como cristão mas a partir do momento em que comecei a perceber o que a Igreja realmente significava que mudei muito a minha forma de pensar. Porque não acredito num ensinamento imposto e muito menos num que nos é "vendido" sob a forma da perfeição suprema! Reconheço aspectos positivos na religião e na influência (exagerada) que exerce na sociedade mas muita da sua força está no aproveitamento da fraqueza de espírito generalizada e no seu (suposto) papel redentor.

Acreditar em algo só pode ser bom quando se consegue ter discernimento suficiente para reconhecer igualmente qualidades e defeitos e, essencialmente, quando isso serve apenas para nos ajudar a encontrar um caminho e não para percorrê-lo por nós! Tal como não se pode condenar a Igreja por todo o mal do Mundo tambêm não se pode ilibá-la das atrocidades cometidas ao longo dos mais de dois mil anos de existência...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

É lindo não é?



1) Glande do clitóris

2) Corpo cavernoso

3) Crus clitoris

4) Abertura uretral

5) Bulbo do vestíbulo

6) Abertura vaginal






E o mistério foi finalmente revelado :))))

Aí está o "Pequeno Homem no Barco"!!!

Andar por qualquer um dos referidos já é bom mas um trabalho bem feito requer minúcia, dedicação, total desinibição e, normalmente, passa primeiro por outras áreas que não esta! Jogos mentais, de sedução e erotismo e, essencialmente, fazer uma mulher sentir-se bonita, desejada, amada pode fazer transbordar o rio!

Haverá maior satisfação que essa??!!

Little Man on the Boat


Estava uma quente e harmoniosa noite de Verão mas eu já não me sentia tão fresco e disponível há muito tempo. Sentia-me envolvido pelas mais suaves e sensuais cuecas de renda, o que era óptimo, pois a vagina na qual me elevo é quente e gulosa, permitindo-me assim respirar.

O jantar decorreu de forma agradável e divertida. Os sucessivos copos de vinho ajudaram a um total desprendimento de preconceitos e pressentia que talvez hoje pudesse ser recompensado pelo habitual sufoco que os confortáveis lábios vaginais me impunham! Senti que a minha portadora (chamemos-lhe assim) se desinibia a cada palavra, o que aliás se verificava a cada impulso que chegava até mim através do seu corpo. Pelo tom de voz do seu acompanhante parecia-me recíproco.

Depois do jantar fomos a um pequeno bar. A música não muito alta ajudava a manter o clima de sedução iniciado momentos antes. O tom de conversa era agora mais íntimo, mais cúmplice. Como esperado, o calor à minha volta começava a aumentar, abaixo de mim um pequeno caudal de lava começava a formar-se. Iria o vulcão entrar em erupção?

Quando saímos sentia-me asfixiar e nem a curta saia nem as pequenas e rendadas cuecas me permitiam desembaraçar desta sensação que me deixava cada vez mais sensível ao toque e satisfatoriamente erecto! As contracções à minha volta eram cada vez mais fortes e sucediam-se a um ritmo impressionante. Preciso ser tocado, o roçar constante das pernas é insuficiente…

Quando chegamos a casa desesperava por um toque. Uma língua suave, um pénis erecto, qualquer coisa!!!

A pequena saia convidava a um trabalho rápido e eficaz mas ele tinha outros planos! Despiu-a devagar, apalpou-a vagarosamente e beijou-a pelo corpo todo como se estivesse a correr a maratona quando se impunha o ritmo dos 100m.
Senti os seus dedos várias vezes por perto, tão perto que quase os tocava. A pequena saia já saiu, as cuecas rendadas já encharcadas deslizavam agora pelas suaves e bem depiladas pernas da minha portadora. Todas as partes que me envolvem entravam em completa ebulição! Eu estava completamente erecto e mais que pronto para entrar em acção! Mas não o via por perto. Continuava nos lábios, pescoço, ombros!

- Vamos, desce!
E ele começou a descer!
- Finalmente!

Demorou-se um pouco no peito mordiscando alternadamente os há muito duros e salientes mamilos da minha portadora.

- Sim, isso, mas agora desce!

Beijou a barriga pacientemente (demasiado) e num ápice passou para as já humedecidas coxas!

- É agora! SOBE…

A sua língua entretém-se ao meu lado, por baixo de mim mas nunca me toca.

- Hei, aqui! Só um pouco mais acima!

A minha portadora tenta indicar-lhe o caminho mas ele teima em não sair do sítio. Ela desliza devagar para que ele suba até mim mas ele acompanha o movimento permanecendo no mesmo local. Eu estico-me o mais que posso mas o máximo que consigo é sentir a sua respiração!

Passam-se minutos mas sem sucesso. As contracções começam a ser mais fracas e o caudal digno de ser comparado a um Nilo transformou-se num pequeno riacho. A esperança de que ele pudesse ter um GPS enfiado no rabo que pudesse usar como recurso desvanece-se no momento em que ele sobe de novo e se prepara para usar a sua eficaz tocha. Sim, porque o fogo há muito que se começou a extinguir!

Sinto algo avançar sob mim! Não é uma tocha, quanto muito um pequeno fósforo rosado na ponta!

- Isto?...

Quase consigo senti-lo entrar abaixo de mim, primeiro devagar, depois mais rápido. Sinto apenas o seu corpo roçar-se em mim mas não o suficiente e neste momento já estou irritado! E de repente... já está! Demorou mais tempo a despir-se que a vir-se!

Ele veste-se, ela vira-se para o outro lado e exclama:
– Vou descansar, tenho de trabalhar cedo…

Fico encolhido e irritado entre os meus habitualmente confortáveis lábios e a pensar que alguém devia ensinar àquele sujeito que O PEQUENO HOMEM NO BARCO está mais acima!!!
(*)

Desde que entrei nos 30 que a introspecção deixou de se tornar uma opção para se tornar numa constante!

Sendo assim aqui vão duas ou três coisas que aprendi ao longo destes pouco mais de 30 anos daquilo a que gosto de chamar Vida:


Ponto nº 1: Morrer é sempre mau para o negócio (à excepção das funerárias e de uma amiga que vende jazigos)


Ponto nº 2: Misturar negócios com prazer nunca dá bom resultado (a não ser que ela seja prostituta)


Ponto nº 3: Acordar sozinho será sempre infinitamente pior que acordar acompanhado


Ponto nº 4 (para os Homens): Quando bem executado um belo “cunilinguus” faz mais por nós que muitas outras coisas…

Ponto nº 5 (para as Mulheres): Já que ando lá por baixo seria bom ver alguns pêlos! Não uma floresta tipo anos 80, mas apenas o suficiente para saber que estou a proporcionar sexo oral a uma mulher, não a uma adolescente…

Ponto nº 6 e mais importante: Como podemos afirmar em consciência que a sociedade está a evoluir quando tratamos cada vez pior as nossas mulheres destruindo tudo o que elas têm de maravilhoso?…

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Língua Portuguesa

Criei este blog com duas intenções claras:
1ª Começar a escrever por sistema para me auto-disciplinar e criar rotinas de escrita;
2ª Para tornar públicos os meus feiticismos e devaneios constantes.

Logo após o primeiro texto recebi algumas reacções e um dos pontos em comum era o facto de, em alguns casos, não respeitar a correcta acentuação de palavras. Estou completamente de acordo e já corrigi esses erros sendo que terei esse cuidado em todos os textos que venha a escrever no futuro.
Por vários motivos mas essencialmente porque sou apologista da preservação da língua portuguesa!

Ora isto leva-me a algumas considerações relevantes acerca do tema. Desde logo pelas sucessivas tentativas de assassinato de que a Língua Portuguesa tem sido alvo. A começar nos adolescentes de hoje e a acabar nos pseudo intelectuais que acham que está na hora de mudar o acordo ortográfico em nome da evolução e da aproximação aos nossos irmãos brasileiros (porque me parece ser a única consequência imediata que isso irá provocar além do extermínio de uma das poucas coisas que ainda nos caracteriza como povo).

Podem alegar que melhora a fonética e que aproximando a ortografia à forma como falamos se darão menos erros nas escolas. Desde logo aqui surge uma questão óbvia! Com o novo acordo ortográfico os adolescentes vão automaticamente aprender a escrever sem comer as vogais, sem trocar o "ch" pelo xis? Tomando como exemplo uma composição da escola (não me processes amiga) percebe-se que a tarefa não será simples, principalmente tendo em conta que não haverá um período de transição nas escolas!

" REDAXÃO

O PIPOL E A ESCOLA'

Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola.
Pq o aluno tb tem Direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola.
Primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.

Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto Montanhoso?Ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? Ou cuantas estrofes tem um cuadrado? Ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme?

Hã?E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os Lesiades''s, q é u m livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a Malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a Malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato.
Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a Malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé.

Tarei a inzajerar?"

Se um dos argumentos é uniformizar a língua portuguesa para dar menos erros na escola então porque não se faz uma mudança radical e se adopta a linguagem deste aluno do 9º ano que é também a forma de linguagem mais usada entre os adolescentes? Estaríamos a facilitar a vida dos pobres desgraçados que têm a terrível tarefa de aprender uma língua complicadíssima e ao mesmo tempo a honrar o tremendo esforço feito pelas nossas crianças em criar uma linguagem única e complexa ao ponto de ser quase indecifrável! Acabava-se a vassalagem aos "velhos do restelo" e rompia-se de forma corajosa com o passado!

Outro dos argumentos para a adopção do novo acordo prende-se com o facto das relações entre os países lusófonos ficarem facilitadas na medida em que uniformizará a linguagem aproximando os cerca de 250 milhões de pessoas que a CPLP engloba. Esta será, talvez, a razão mais aceitável. Apesar disso gostava que alguém me explicasse o que de tão extraordinário advém dessa aproximação?
Essa aproximação prende-se essencialmente com motivos políticos e económicos e não me parece que seja a alteração da "nossa" língua que irá melhorar as relações políticas ou desenvolver relações económicas excepcionais. As questões políticas são baseadas no respeito pelas instituicões e suas culturas (que naturalmente envolve a Língua) e as económicas naturalmente baseadas nos benefícios mútuos!

Mudar apenas porque sim não basta. Pessoalmente custa-me esta mudança porque sempre foi uma das coisas que me deu prazer, a escrita! Aprendi uma Língua que é reconhecidamente complexa mas cativante. E isto não sou apenas eu que o digo, são muitos dos supostos beneficiados com a mudança de língua, pessoas da comunidade lusófona e não só, que o afirmam!

Andamos tão preocupados com a evolução sem olhar a quem nem porquê que nos esquecemos do real significado das coisas e que algumas devem ser preservadas. Não será a Língua portuguesa uma delas?

Editors - Fall

Porque todos nós já tivemos momentos em que nos sentimos mergulhar num abismo interminável de dúvidas e medos partilho esta magnífica música dos Editors, uma canção que eu considero de fé, de vontade, de perseverança. Por outro lado, uma evidência - Planeta Terra, uma questão de sobrevivência! Fala-se demasiado sobre o que deve ser feito e faz-se muito pouco por isso.

É muito bonito ter acções como a que aconteceu há umas semanas - "Vamos Limpar Portugal" em que até o Presidente da Republica participou e o Governo aplaudiu.
Pura hipocrisia! Esse mesmo governo que tanto apaudiu a iniciativa fecha os olhos a que empresas (algumas com ligação ao estado) façam descargas de resíduos perigosos directamente para o mar e florestas. Entidades "públicas" que deveriam agir sobre estas situações recebem orçamentos de milhões para estarem caladas! Depois, de tempos a tempos, fazem acções deste género para justificar os dinheiros dos contribuintes distribuíndo t-shirts verdes e aparecendo nos media como anjinhos e defensores de causas maiores!
Limpar Portugal é impossível. Admiro as pessoas que aderiram à iniciativa e louvo-lhes a "ingenuidade" ou capacidade de perceber que mais vale pouco que nada!

Chamem-me para um "Limpar Portugal de Políticos Corruptos e Prepotência Empresarial" e eu vou na hora! Mas não poderia ser com sacos plásticos, teria de ser com camiões cisterna e incineradoras!!
Não acredito num Mundo melhor, pelo menos por enquanto. As novas tecnologias e a inovação deveriam democratizar-nos e funcionarem como ferramentas de evolução no sentido de melhorar a vida de cada um mas servem apenas para melhorar a vida de alguns e tornar todos os outros em máquinas de masturbação acéfalas!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um dia comprido

Na sequência destes pequenos devaneios vem um bem maior. Palavras para quê, fica o texto escrito em plena sexta feira santa!!


"Inexplicavelmente (ou talvez não) hoje acordei às 6h da manhã! Não, não foi por qualquer crença religiosa associada à sexta-feira santa apesar de ter sido a primeira coisa que me veio à cabeça quando encarei a minha mãe assustada por ver algo completamente improvável. Escusado será dizer que após essa “explicação” ficou ainda mais preocupada e algo me diz que o próximo passo será mandar rezar uma missa pela minha há muito extraviada alma.

O motivo do meu desperdício de boas horas de sono é todo menos religioso. Numa frase: Mau estar causado por uma “ligeira” ressaca!
Ontem não foi um dia bom e (in) felizmente o que não faltam aqui é adegas onde afogar mágoas. É raro fazê-lo, beber para não me custar tanto a ultrapassar determinados momentos. Sou apologista do sentir em pleno, seja por que motivo for!
Apesar disso acordei renovado, com uma vontade tremenda de meter a viola no saco e partir à procura de novas melodias. Depois de um belo copo de coca-cola que desceu pela minha garganta como água em terreno árido tomei um banho, comi uma fruta e saí!

Primeiro problema de acordar tão cedo? Precisar de um café e não haver nenhum aberto às 7h da manhã! Pego no carro e saio. Tenho de fazer tempo até abrirem as tascas. No leitor de cd´s do carro começa a tocar Joy Division. Perfeito! Adoro a sonoridade densa e o som melancólico (alguns dirão depressivo) que as músicas transmitem. Sigo viagem sem destino certo, como habitualmente, se encontrar um café tanto melhor. Já com o sol a romper vou serpenteando as estradas íngremes do Douro ao longo de um rio lamacento que reflecte de forma baça as vinhas e vegetação das suas margens numa Primavera ainda tímida.

Hoje é um novo amanhecer. Sinto-o a cada minuto, a cada paragem na margem do rio. Ouço bem alto as músicas que vão tocando no leitor. Cada música conta uma história passada mas há histórias recentes que encaixam perfeitamente nas letras ou sensações melódicas de músicas passadas! Porque muitas vezes o significado de algo é aquele que nós lhe quisermos dar.
Toca agora a Decades, uma das músicas da banda inglesa que mais prazer me dá ouvir. Remete-me sempre para uma sensação de procura constante de algo perdido ou apenas não encontrado (Where have they been?...)
Já muitas vezes me fiz esta pergunta em relação a TI. Quem me dera ter-te “encontrado” mais cedo, talvez agora tudo fosse diferente. Talvez não tivesses de ir. Sinto-me ancorado a um sentimento inevitável de vazio, de inconstância. Ao viver algo no extremo da paixão somos muitas vezes atingidos por sentimentos antagónicos de desmesurada solidão, de reclusão perante sensações próximas do mágico, do perfeito. Tento afogar estes pensamentos nas águas turvas do rio enquanto a música me lembra de uma temível possibilidade “…now our hearts lost forever.”

Saio do carro. O sol brilha agora um pouco mais forte mas não o suficiente para me aquecer. Em frente tenho um cruzamento, dois caminhos! Sim, dois, porque para trás não posso voltar! Indicações com vários nomes mas em nenhuma das placas está o teu…

Retomo viagem, continuo pelo caminho junto ao rio. Um sinal de fé! Toca agora “No love lost”! Quero acreditar que não, que qualquer amor acaba por se encontrar mais cedo ou mais tarde. Preciso acreditar…
Atmosphere! A sonoridade desta música remete-me sempre para um sonho. Por dois motivos, o primeiro tem a ver com a melodia bucólica, pura, quase espiritual. O segundo pelo que desde há duas semanas desejei que não acontecesse (don’t walk away…).
Infelizmente não podia evitá-lo. Espero não me arrepender eternamente de nem sequer ter tentado, acreditei e apesar de tudo continuo a acreditar que tinha de ser assim! Por isso este aperto é cada vez maior e irá continuar a evoluir até se transformar numa sensação de vazio absoluto.
E, porque o alinhamento deste disco parece ter sido feito com base em sensações similares às que tenho sentido ultimamente, acaba com “Dead Souls”, com frases tão contundentes como “Someone take these dreams away…”!
Sonhos que me assaltam durante o dia, sombras constantes do que podia/devia ter sido, do que foi…
Sinto a escuridão enublar o meu ser, incompleto, deslocado e cada vez mais perturbado. Uma alma perdida, é o que sou.

Acelero até começar a perder a nitidez da estrada, das vinhas, do sol. Tudo me parece de tal forma em sintonia com a água turva e lamacenta do rio que já não os distingo. Sinto-me atrair pelos reflexos na água e envolver pela sensação de ansiedade típica de quem está prestes a chegar a um destino incontornável (Keep calling me…).
Aí mergulho! Sinto-me afundar em todos os meus medos, dúvidas, sinto-me mergulhar na minha própria angústia e ser puxado sem resistir para o fundo do nada. A música começa a soar mais baixo, distante, até que desaparece e dá lugar a um silêncio perturbador acompanhado de um cinzento cada vez mais sombrio, cada vez mais desligado de um Mundo que deixou de ser meu!

E no momento em que já desistia e me sentia adormecer salto para um outro universo, para um outro Mundo, para retomar um caminho incerto, imprevisível.
Vou seguir outro caminho e esperar que um dia o Mundo que foi o meu durante pouco mais de uma semana se cruze com este e se fundam num só. E aí não deixarei que ninguém nem nenhuma viagem impeçam este Mundo de ser meu!"

Joy Division - Decades

Joy Division - Dead Souls (1979)

Dead Souls


Como não poderia deixar de ser (podia mas não quero) começo com música.
Para todos aqueles que gostam de Joy Division e não só.
Para todos os que se sentem perdidos num determinado momento.
Para todos os que apenas sentem ser diferentes...
Dead Souls e Decades são duas das mais fascinantes músicas de Joy Division.
Enjoy it...