quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

TUMBA!

imagem da net

MORTE!

Essa puta convencida que faz borrar os truços de tanta boa gente por esse mundo fora.

Nunca entendi muito bem o medo das pessoas em relação à morte. Nem a forma como as pessoas lidam com ela. Morremos tantas vezes ao longo da vida que não é apenas por deixarmos de respirar ou o coração deixar de bater que torna as coisas mais dificeis.

Morrer é fácil. Morrer é a única coisa certa. Morrer é natural.
Mas, apesar disso, sempre que pensamos nela, assalta-nos um frio nervoso que percorre o corpo e nos faz mirrar os tomates imediatamente (ou os biquinhos das mamas) até se parecerem pequenas tâmaras secas.

Outra coisa que não entendo são os rituais.
Primeiro faz-se a vigília pelo morto. Mas vai-se estar vigilante a quem? A pessoa está morta, não vai a lado nenhum! Além do mais as pessoas fazem tudo menos vigiar seja o que for. Uns dormem encostados à cadeira. Outros falam da vida deste com aquele ou da vida daquele com este. Admira-me como ninguém esbofeteia aquelas pessoas violentamente, principalmente quando o estado de espírito de muitos não é o melhor.

Depois o funeral. A viagem até ao último destino! Chora-se pela perda de quem desaparece, pelo dinheiro que têm de gastar no funeral, pelo terrível receio de que aquela pessoa poderá ir para um lugar melhor. Chora-se por ouvir os outros chorarem. Chora-se e grita-se mais alto para que todos saibam que as goelas aguentam até limites insuportáveis para os ouvidos.

Tudo isto me faz uma imensa confusão.
No meu funeral quero aquilo que vulgarmente se faz num casamento. Quero uma valente festa. Muito álcool, comida, musica que deixarei previamente seleccionada e todos aqueles que me deram um pouco do seu amor ao longo da vida. Mas em vez de ser numa quinta será num motel. Quero ser lavado no jacuzzi por uma massagista Uzbeque, ser deitado numa daquelas camas com um colchão de água em forma de coração, e ficar lá até a festa acabar e me colocarem numa barca e lançarem ao mar!

Esqueçam as lágrimas, as flores, os gastos com um pedaço de madeira e uma cova. Esqueçam os padres e os santos. Esqueçam tudo o estabelecido porque eu só quero ir-me da mesma forma que tantas vezes me vim, rodeado de sensações de prazer e amor!

Posso não ser muito mas sou certamente mais que um qualquer lugar-comum. Prima, conto contigo ;)

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Devaneios!